Wednesday, August 23, 2006

O banquete, a gula e a dor na consciencia

8:45 - Estava dormindo feliz...

9:11 - Toca o telefone. E o landlord entusiasmado porque quer sair. Aos poucos percebo que ele havia levado um bolo da namorada.

9:30 - Conseguimos concordar com alguma coisa, vamos sair para jantar mais tarde.

9:32 - Toca o telefone de novo. E o meu pai ligando do Brasil. Resolvo levantar da cama. Durante a ligacao, a chamada em espera do celular toca varias vezes. E o landlord de novo.

9:54 - Termino a ligacao com o meu pai e ligo pro landlord. Ele quer almocar dim sum. Aparentemente ele esta se sentindo sozinho. Marcamos para as 11:30 porque segundo ele o lugar lota.

Saimos atrasados de casa, 11:50. O landlord foi dirigindo "porque era mais rapido". Eu aceito o insulto numa boa, ainda mais com o preco do oleo... A 1 da tarde ainda estavamos perdidos. Ele telefona pro restaurante e pergunta quais intercessoes proximas a rua do tal. O atendente mal fala ingles. Alem disso, o restaurante estava tao cheio que o atendente mal conseguia ouvir o telefone. Comeco a ficar com fome.

1:30 - Pegamos um dos 35 mapas que estavam no carro. Que fome.

1:45 - O motorista se localiza e em 5 minutos chegamos no restaurante. Ele manda o Michael descer do carro e correr - rapido - para dentro para pegar uma senha. Ele corre, meio incredulo, mas quando ve mais 6 pessoas correndo para dentro tambem, acelera e consegue chegar antes delas. Ele consegue a ultima mesa!

Ufa. Estacionado o carro, abro a porta do lugar e vejo muitas, muitas mesas cheias de orientais. Uns americanos salpicadinhos aqui e acola fazem o ambiente ficar ainda mais internacional. Garcons e garconetes, de gravata borboleta preta seguem empurrando carrinhos carregados de comida. Eles saem por duas portas diferentes, cada carrinho tendo como alvo um lado diferente do salao, de forma que eu - desesperada - nao venha a encontrar meus dim sums frios! No momento que sento na cadeira, cha de crisantemo e servido. Coloco uma pedrinha de acucar e pego nosso primeiro prato: camaroes envolvidos em papel de arroz cozidos no vapor. A garconete anota algo incompreensivel na minha ficha e sai. Logo atras vem outra com mais, mais e mais comida. Nos empilhavamos os pratinhos na mesa, numa mistura de loucura, ganancia e orgulho.

Meia hora depois o xuxu (o dito landlord) ainda pega mais comida dos carrinhos que nao param de passar. Brocoli chines, arroz grudento (sticky rice) recheado com pato. Fico triste porque ja estou sem fome. Passam outros carrinhos e comecamos a recusar comida. No auge da melancolia vejo o que me esta sendo oferecido: uma pasta branca de tofu (e quem disse que tofu nao tem gosto?) com calda de lichia. Desconfiei muito dessa sobremesa pois as que eu tinha comido na casa do proprio xuxu tinham sido horriveis. Mas essa era perfeita, de consistencia perfeita e gosto suave. A outra (sim, comemos duas), era de arroz com uma pasta indefinida dentro. Foi o creme do creme.

Saimos do Oriental East felizes. Felizes com DC, felizes com o Xuxu, felizes com a vida.

1 comment:

shikida said...

tadim do xuxu! ;-)

má?
máaaa

maaaaaaaa
maaá?