Thursday, January 31, 2008

Quando passei em frente a uma casa tipicamente japonesa de Cerimonia do Cha, fui convidada a entrar. "Uma mulher de kimono e sempre convidada para a cerimonia", me falaram. Foi inesquecivel! Nas duas primeiras fotos, a Sensei me ensinava a cerimonia.





































No Prefectural Garden, jardim tradicional japones, antes da Cerimonia do Cha.
Meu dia de Kimono!

Ontem tive o privilegio de poder me vestir com um tradicional kimono japones. Primeiro, arrumaram meu cabelo da forma tradicional japonesa (na foto, eu no salao). Depois, numa sala exclusiva, 3 mulheres me vestiram.


Sobre o Memorial da Paz, um relogio marcando sempre 8:15.
Hiroshima e cortada por rios com lindas pontes.
O contraste entre o A-Bomb Dome e o resto da cidade.

Hiroshima

Dia 6 de Agosto de 1945, as 8:15 da manha, uma quantidade massiva de metal instavel entrou em contato com mais atomos do que conseguia suportar e com a energia resultante, explodiu e brilhou por um breve instante. Naquele momento, Hiroshima ficou tao quente quanto a superficie solar, e o impacto causado pela bomba atomica avassalou a cidade inteira, deixando somente cinzas e desespero. Nos inumeros relatos que ouvimos no Memorial, uma mesma frase sempre se repetia: "Era o inferno na Terra". O que seguiu foi uma chuva negra, viscosa e radioativa, e mais de 140.000 pessoas mortas ate o fim de 1945. Hiroshima desde entao, com disciplina japonesa, se reconstruiu, se tornando uma cidade moderna que, com excessao de um unico edificio, nao mostra sinais de guerra e destruicao. O A-Bomb Dome (Gembaku Domu), antigo "Centro de Promocao Industrial" da cidade, embora localizado no exato epicentro da bomba, nao ficou completamente destruido. Num esforco em evitar que outros desastres atomicos como este e o de Nagasaki (3 dias depois do de Hiroshima) e apesar dos protestos daqueles que sofriam e ainda sofrem ao ver o Domo, a cidade de Hiroshima resolveu preservar as ruinas do predio, de forma a alertar as geracoes futuras dos danos causados pela bomba atomica.

O Peace Memorial Park abriga varios monumentos da 2a guerra, um deles e o Peace Memorial Museum. Dentro, ve-se restos de roupas, marmitas com comida carbonizada dentro, fotos e videos com relatos de sobreviventes. Numa das salas, o retrato da Hiroshima pos-bomba foi feito, usando 140 mil pedacos de ceramica, em memoria as vitimas. Um relogio a la Salvador Dali, derretido e parado as 8:15, e o primeiro item exibido no museu. Em display tambem, as centenas de cartas dos prefeitos de Hiroshima enderecadas aos governantes de varios paises pedindo encarecidamente pela suspensao dos programas de bombas atomicas. Estas cartas ainda sao enviadas sempre que um teste atomico e conduzido (a mais atual dirigia-se a King Jong Il, em 2006). Ao longo da exibicao somos convidados a tocar varias superficies de objetos que "sobreviveram" a explosao. Portoes de ferro retorcidos, calcadas inteiras arrancadas do chao, cacos de vidro encravados em paredes de concreto, uma garrafa de Coca-Cola murcha, derretida.

Estima-se que Hiroshima tinha 300 mil habitantes no dia em que o Enola Gay soltou a bomba. 140 mil morreram ate o fim de 1945 e depois disso muitas pessoas ainda morreram por consequencias da radiacao. Os poucos que sobreviveram o fizeram para contar a historia. E muito bem contada. E dificil nao se emocionar com Hiroshima.

Sunday, January 27, 2008

Gato dormindo numa pedra quentinha no Ishiteji Temple. Me deu saudades do Muffinho.
Ishiteji Temple (de longe, o mais interessante de Matsuyama). Centenas de estatuas do Buda habitam esse templo. Algumas velhas e descascadas, outras com roupinhas de la vermelha (touca e cachecol), Buda sentado, em pe, com varios bracos, magro, gordo, alto, baixo, gigantesco e por ai vai. Uma pira de incenso queimando (habitual), uma fogueira onde acender o incenso, cavernas e mais cavernas mal iluminadas habitadas por centenas de budas e origamis e cortinas de contas, atravessando a montanha e te levando para jardins cheios de.... Budas. Japoneses tocando sino, batendo palmas duas vezes, conferindo a sorte no "Fortune Express", esse sim traduzido para o Ingles, monges, americanos surtados e drogados pairando sujos pelos arredores do templo. Bizarro e lindo.
Eu e as japonesas sabado passado (hoje ja e segunda aqui). A grande novidade e que quinta feira que vem, dia 31, vou me vestir de gueixa! Uma japonesa que conheci no museu no meu primeiro dia aqui, ofereceu o kimono emprestado e ja marcou o salao de beleza para mim! UAU!
Gargula no detalhe do templo ao lado do hotel.

Sexta-feira fomos numa festa japonesa. Como todo o resto, os japoneses festejam muito bem. Muita comida e bebida; ao contrario dos americanos, os japoneses conversam alto e interagem bastante. No fim da festa, fomos para outra (desta vez com karaoke!!) e mais sake ainda.
O templo, ao lado do nosso hotel.

Thursday, January 24, 2008

Num cafe, na Okaido St.
Cachorrinho japones.
Vista de fora do Saka No Ue No Kumo Museum.
Predio do Tadao Ando. Eu tinha visto de fora, mas como a luz estava ruim e as baterias da camera tinham terminado, resolvi nao entrar. Fui ontem (tivemos sunshine!), valeram os 400 Yens. A exposicao era toda em japones, mas a arquitetura valeu a pena. Simplesmente incrivel.

Detalhe da Prefeitura de Matsuyama.
Estudantes na rua.

O Castelo de Matsuyama visto do jardim da prefeitura.

Os japoneses sao tao atentos aos detalhes!

Jardim da prefeitura. Eles dao kinkan de graca na entrada, colhida no proprio jardim. Lindo!
Cardapio do restaurante de ontem! Ainda bem que Chirashi e Tempura estavam no nosso vocabulario. Foi isso que pedimos (mais tarde consegui pedir uma coisa apontando pra mesa do lado). O restaurante era lindo, as comidas pareciam otimas, mas a comunicacao era dificil. De repente nos demos conta que estavamos pedindo "arroz com feijao" em um restaurante de comidas finas. Foram o melhor chirashi e tempura das nossas vidas, sem duvida alguma.

Wednesday, January 23, 2008

Ufa! Uma sequencia de fotos!

De cima para baixo.

A primeira, eu no Okaido, uma rua inexplicavel que agrada desde fashionistas ate geeks em busca do ultimo gadget. Depois, o Templo Shinonome, no alto de uma montanha, construido no seculo 18, destruido na Segunda Guerra e agora reformado. Fica no centro da cidade, entao e um dos mais visitados (apesar de nao ser um dos mais bonitos). Foto 3: detalhe da muralha do Matsuyama Castle (no fundo se ve o castelo). Um gatinho que mora no castelo veio me ver... Outra foto da muralha e uma arvore no jardim. Chegando no castelo e vista de cima do castelo (no terceiro andar). Tirei esta foto de uma "janela lanca flechas". As duas fotos seguintes sao do Memorial do Akiyama Brothers, design do Tadao Ando. Perdi o folego de tao incrivel (ao vivo tudo e diferente!). Michael, na escadaria do templo esta manha.











Matsuyama Castle

Hoje fui ao Castelo de Matsuyama (as baterias da camera estao carregando, impossivel uploadar as fotos agora). O castelo comecou a ser construido em 1603 e originalmente tinha 5 telhados e 5 andares. A parte principal do castelo, a Main Dojon, foi destruida por um raio em 1784. A reconstrucao comecou em 1820, mas houveram modificacoes na estrutura. Em 1945 varias partes do castelo foram destruidas pela Segunda Guerra e posteriormente reconsruidas. O castelo e lindissimo e fica numa montanha, bem no meio da cidade. Os portoes funcionavam como armadilhas para invasores - alguns nao tinham portas, de forma a convencer os invasores de passarem por ele e assim, deixa-los encurralados. A arquitetura e fantastica - os japoneses dao muito valor aos detalhes, aparentemente desde sempre - e e legal ver as pequenas janelinhas, construidas especialmente para o envio de flechas nos invasores. A caminhada ate o castelo e linda (tem bondinho, mas sao so 100 metros morro acima). Depois fui a um museu em que ninguem falava ingles, todas explicacoes estavam em japones e minha guia falou por meia hora sem parar. Em japones. Obviamente, continuei "clueless". Era "to... coco kate ronate dishiki aro newa"... non stop. Needless to say... me diverti horrores! :-)

Tuesday, January 22, 2008



























































Sushi (the real thing) de peixes pescados aqui na ilha. Matsuyama e banhada pelo Oceano Pacifico e o Mar do japao, por isso ha uma variedade incrivel de peixes disponiveis para os mais variados paladares. O da esquerda, prateado, e sushi de peixe-espada. Eles servem assim, com a pele mesmo, e tinha achado super gostoso ate o Dr. Tsuboi me informar da procedencia do sushi. Fiquei com do, mas ja estava no prato mesmo... Na segunda foto estamos brindando o delicioso sake de uma fabrica local, inexplicavel o sabor e o perfume, enquanto saboreavamos o Chabu-chabu, prato tipico japones. Dr. Tsuboi, nosso anfitriao. Eu, no escritorio do Free-Cell Lab, Universidade de Ehime.
Acima, o segundo andar do Museu de Arte de Matsuyama. O Museu e lindo, mas por causa de tecnicalidades, nenhuma foto ficou excelente. Estava frio la fora e dentro do museu a temperatura estava bastante agradavel. Isso fez com que a lente da camera ficasse embacada por um bom tempo. Tive a sorte de pegar a abertura da exposicao dos 40 anos de escavacao no Egito do arqueologo japones Sakuji Yoshimura (que inclusive estava no museu recebendo presentes). Mesmo nao tendo nenhuma explicacao em ingles, a exibicao foi bastante interessante, das melhores do Egito que ja vi.

Acima, Okaido: o comercio mais famoso e chic de Matsuyama. As lojas sao nada mais nada menos que breathtaking. E realmente facil gastar um monte de dinheiro em Okaido, especialmente porque minha nocao Yen - Dollar ainda nao esta muito boa... Alem disso, Matsuyama e conhecida por ser uma cidade bastante "fashion", a unica area fashion fora de Tokyo. As japonesas levam estilo muito a serio e mesmo tendo vindo dos Estados Unidos, as lojas de departamento daqui sao enlouquecedoras para qualquer mulher!


Loja de Manga no centro em Matsuyama.

Oceano Artico

Das muitas coisas impressionantes, uma das mais interessantes e que sobrevoamos o Oceano Artico. Nosso aviao saiu de Washington, subiu para o Canada, atravessou o Hudson Bay, o Polo Norte, o Oceano Artico e a Siberia ate chegar aqui. Foram 13 horas muito entediantes, os filmes do aviao nao eram la muito bons. Stardust foi legalzinho, The Nanny Diaries bonitinho e engracadinho, December Boys (so vi o final) parecia bom. Percebi que na United eles te dao as seguintes opcoes de filme: 1 faroeste, 1 drama (December Boys), 1 geek (foi como eu classifiquei Stardust), 1 comedia romantica (The Nanny Diaries), 1 filme do tipo "familia" (esqueci o nome), 1 filme mega B, 1 documentario (ate interessante sobre a NASA). Voltando ao roteiro do voo, o que me deixou chocada foi a vista do Artico. Ver o sol nascer naquela imensidao branca e cinza foi emocionate, kilometros e kilometros de gelo com rachaduras colossais (dai o contraste branco e cinza). Me perguntei se as rachaduras no gelo eram devido ao aquecimento global, afinal estamos em pleno janeiro, mas nao sei.

Thursday, January 17, 2008

Chateau Laurier, Ottawa

Foi inesquecível o chá que tomamos no Chateau com nossa amiga Leana. Nos sentimos rei e rainhas. Champagne da melhor qualidade, petit fours deliciosos, queijos, picles, geléias, chás saborosíssimos e atendimento de primeira. Tudo isso com vista para a rua, onde as pessoas passavam e acenavam!
PS: Atendendo a um pedido... (infelismente a mesa já estava meio vazia)





Wednesday, January 16, 2008

Foto do canal de Ottawa (acho que se chama Rideau). 
Como não consegui enviar as fotos por e-mail, segue uma sequência de fotos de Ottawa para o Rodrigo! 

Tuesday, January 15, 2008

Essa foto é da viagem do Michael para a China, em 2007. Olhando para isso, me pergunto quantos quilos eu teria perdido se tivesse ido junto...