Thursday, November 29, 2007

Eficiência Enfim

Esta manhã fui ao MVA marcar meu exame de direção e saí de lá com a carteira de motorista na mão (muito semelhante à carteira acima, mas a verdadeira tem o desenho de um caranguejo (!?!) no canto superior direito, e obviamente a minha foto e os meus dados ao invés dos do cachorrinho!). Fiquei chocada por dois motivos: o primeiro, descrito no post abaixo, é que o MVA daqui costumava ser lento e xenofóbico e mudou completamente de um ano para cá. O segundo motivo: departamentos de trânsito são lentos em qualquer lugar do mundo, mas esse aqui é tão eficiente que chega a ser assustador. Aí vai a prova de que uma vez que a máquina esteja a seu favor, o MVA de Gaithesburg, Maryland, é o mais eficiente que meus lindos olhos já presenciaram:

1 - Chegamos no estacionamento às 8:50 am;
2 - Pego a senha imediatamente depois de entrar no MVA e imediatamente depois de olhar o número da minha senha, olho para o monitor e ela já havia sido chamada (UAU! isso nunca tinha me acontecido!);
3 - O atendente simpatiquinho puxou meu arquivo no computador, xerocou a tradução da minha certidão de casamento e me mandou para a salinha onde se faz o exame de legislação;
4 - Chegando lá (não tinha fila), me mandaram para um computador que já tinha meu nome na tela. Fiz o teste (até dificinho) e passei. Me mandaram para o guichê onde se marca os exames de direção;
5 - Neste guichê, tinham 2 pessoas na minha frente na fila, esperei 5 minutos e fui atendida. Pergutei se podia fazer o exame naquela hora e ela falou que sim (!!!);
6 - O Michael colocou o carro na faixa onde começava o exame, esperamos 2 minutos pelo examinador, fiz o teste num pátio, passei e voltei para dentro do MVA;
7 - Peguei uma senha e fui chamada em 1 minuto. A moça pegou minha carteira canadense, destruiu, perguntou como eu queria pagar a taxa de 45 dólares e eu quis pagar com débito. Foi aí que mais demorou: a máquina dela travou e eu tive que esperar um tempão até voltar. Paguei em dinheiro para acelerar o processo, ela imprimiu a carteira na hora.
8 - Hora de saída do estacionamento: 10:35.

Monday, November 26, 2007

O ônus do bônus

A tia-avó do Michael fala que tudo na vida tem o ônus e o bônus. O bônus do momento é o carro novo que compramos. O ônus (além do valor do seguro, da gasolina que só sobe etc., etc.) para mim é que vou ter que tirar outra carteira de motorista. Bem, ano passado - quando morávamos aqui - foi uma novela tentar tirar a carteira. Maryland estava então no auge do xenofobismo: estrangeiros não só tinham que apresentar dois comprovantes de residência e identidade, como também tinham que enfileirar fora do MVA (Motor Vehicle Administration) de madrugada, no frio, a noite toda, pois somente as primeiras 20 pessoas a chegarem eram atendidas (nós inclusive tínhamos fotos de uma dessas madrugadas postadas no site do Michael, mas as fotos me faziam me sentir mal, então apaguei.). A polícia, quando via as pessoas se enfileirando, mandava todo mundo ir embora com o cacetete, ameaçando prender. Então ficávamos entre a cruz (de esperar em pé no frio a madrugada toda) e a caldeirinha (o xadrez!) e ninguém estava nem aí. Além disso, os funcionários do MVA (eles mesmos estrangeiros) tinham que "despachar" todos aqueles 20 antes de 8:30 da manhã - horário em que os americanos começam a chegar. Era depressivo, degradante e me fazia me sentir muito menor que qualquer outro ser (humano ou não).

Aparentemente as coisas mudaram de um ano pra cá. Eu telefonei pra eles esta manhã e uma atendente me falou que agora estrangeiros são vistos em horários normais. Porém (e aí vem outro ônus -- desta vez financeiro) porque minha carteira de motorista canadense está vencida ha 13 meses e não somente 12, eu vou ter que fazer todos os testes (legislação, visão e direção) de novo. Acontece que eu só não renovei esta carteira antes porque o sistema deles não me deixou... e aparentemente se sua carteira está vencida ha mais de um ano, você já não se lembra mais de nenhuma regra de trânsito, não enxerga bem e muito menos lembra como se dirige um carro. É o lado amargo da América.


Não, esse não é o nosso Muffinho. Um amigo me mandou esta foto juntamente com um "Feliz Thanksgiving!". Achei tão fofa que decidi compartilhar... (Mais dessas fotos no site Cute Overload.)

Friday, November 23, 2007

Speechless

Ah, não tenho palavras para descrever nosso jantar de Thanksgiving... Foi tão maravilhoso, que não sei por onde começar. Partindo do início, nossos anfitriões foram simplesmente perfeitos. A comida estava fantástica, o peru -- que eu normalmente não gosto -- estava macio e suculento e o recheio saborosíssimo. Bebi um pouco do vinho e imediatamente falei para o Michael prestar atenção no nome pois tínhamos que comprar depois... Foi quando ele disse: "olha o ano..." Ele datava de 1966 e pertencia à adega parisiense de um dos pesquisadores mais famosos do NIH -- que me explicou que somente uma em quatro garrafas desta idade envelhecem tão bem. Inesquecível.

Tuesday, November 20, 2007



Amo esta receita!











(os tomates estão no meio das outras delícias do jantar de thanksgiving...)

(Também do Simple to Spectacular). Além de ser muito fácil de fazer, ela é linda e deliciosa e serve tanto de acompanhamento quanto como prato principal (aqui em casa é sempre principal!). Eles são mais gostosos quentinhos, então não é uma boa fazer de véspera. Vou preparar estes tomates para o jantar de Thanksgiving, dia 22. Não vejo a hora de comer de novo!

(Bem, os tomates da foto não são da receita original -- estes são recheados de queijo e não são tão bonitos quanto o da receita a seguir!-- mas achei que enquanto eu não tiro uma foto dos meus, seria uma boa ter uma foto só para dar idéia de como eles ficam...)

Roast Tomatoes Stuffed with Bitter Greens

4 tomates firmes mas maduros
sal e pimenta do reino moída na hora
1/4 xícara de azeite de oliva extra-virgem
1/2 xícara de cebolinha picada
2 colheres de sopa de cebola bem picadinha
cerca de 4 xícaras de uma mescla de vegetais amargos: rúcula, radicchio, dandelion etc. (eu uso somente rúcula e ainda assim fica divino)
1/3 xícara de queijo de cabra fresco macio (eu já usei feta e também ficou ótimo)
2 colheres de sopa de balsâmico ou sherry vinegar

1 - Aqueça o forno a 450 graus F. Corte cerca de meio centímetro (ou um pouco mais) da "tampa" de cada tomate (a parte de cima) e guarde esses pedaços. Use uma colher para tirar o recheio do tomate (sementes e líquido), deixando somente uma parede de cerca de 0.7 cm (quanto mais fino mais chic, mas também mais fácil de estragar o tomate... então é melhor não se preocupar com a espessura deles). Tempere o interior dos tomates com sal e pimenta. Jogue fora as partes duras do tomate que você retirou bem como as sementes, mas guarde a polpa do tomate. * Dica: para que eles fiquem em pezinho na assadeira, corte a base deles (bem fininho pra não vazar o recheio), o suficiente para eles ficarem em pé.

2 - Coloque 2 colheres de sopa de azeite numa frigideira grande e coloque sobre fogo médio. Adicione as cebolas e cebolinhas juntamente com uma boa pitada de sal e cozinhe mexendo por cerca de 3 minutos, até elas ficarem molinhas e translúcidas. Adicione os vegetais e cozinhe por um minuto ou dois (até eles murcharem). Tire da frigideira e deixe esfriar um pouco.

3 - Junte os vegetais com a polpa de tomate. Adicione sal e pimenta a gosto. Recheie os tomates até a metade (eu uso uma colher média, das de sobremesa) e depois coloque 1/4 do queijo de cabra em cada tomate. Termine de rechear os tomates com o resto de vergetais e coloque as "tampas" de volta nos tomates.

4 - Coloque 1 colher de sopa de azeite numa assadeira, coloque os tomates (deixe um espacinho entre um e outro) e regue-os com outra colher de sopa de azeite. Coloque sal e pimenta sobre tudo e coloque no forno para assar por cerca de 30 a 40 minutos (normalmente 30 minutos), até que os tomates estejam enrugadinhos e que o recheio esteja quente (tente fazer o teste do garfo no recheio... se estiver quente, está pronto).

5 - (Este passo é importante pois dá um kick na receita) Transfira os tomates para um prato e coloque a assadeira sobre fogo alto. Adicione o vinagre e cozinhe por 15 segundos. Regue os tomates com este suco e sirva.
Happy Thanksgiving

Tenho muito a agradecer! Primeiro, a agradeço a Deus pelo Danilo (o técnico mega-ultra eficiente e gente-fina do prédio) que acabou de consertar a minha lareira. Ah, eu sempre quis ter uma lareira, que delícia! Segundo, por poder conversar com minha querida mamãe todos os dias e ainda por cima grátis pelo Skype. Isso realmente não tem preço. Tem tantas outras coisas: o Muffin estar super saudável é um alívio constante. O Michael estar satisfeito no trabalho -- mesmo tendo um chefinho meio gagá -- também é fantástico; o fato de o meu voluntariado começar (finalmente) dia 28 e de a pessoa no telefone ter gritado de alegria quando eu disse que queria trabalhar toda quarta-feira à tarde, também me faz querer dar graças. O jantar de thanksgiving na casa do Mark e DeAndra (onde vou levar a minha receita vegetariana favorita -- a receita está no post acima) me faz muito feliz por termos amigos tão especiais. E pode soar bobo, mas o fato de o clicker training do Muffin estar se mostrando um sucesso é um motivo para agradecer... nem sei porque comprei tantos carpet stain removers nas últimas compras (juro que subestimei a capacidade dele, tadinho!).

Enfim, este ano tem sido um ano de mudanças, reviravoltas e vulcões ativos. Casais de amigos se separando, outros casando (perdi 4 festas de casamento desde que cheguei aqui!), gente adicionada na agenda, outros saindo fora. Mas é sempre assim, todo ano temos que renovar e não se esquecer de agradecer, sempre. Mesmo os céticos deveriam ser gratos (à própria sorte) por terem o que têm e serem o que são.

Ontem à noite agachei para brincar com o Muffin e senti uma fisgada no pescoço. Desde então estou com dores horríveis, mal consegui dormir, mesmo tendo tomado uma "codeinazinha". Agradeço inclusive a este torcicolo incapacitante por me mostrar como é bom ter saúde e poder me movimentar do jeito que quero quase todos os dias do ano!

Saturday, November 17, 2007



Expedição

Hoje acordamos cedo e fomos para a sessão de orientação para o voluntariado na Food and Friends. Primeiro, calculamos mal o tempo que levaria para chegar lá: pensamos que uma hora seria suficiente mas a linha vermelha estava em reformas então demoramos mais de uma hora e meia. Ou seja, já na orientação pagamos o maior mico chegando mega atrasados. Nunca tínhamos ido a Fort Totem (a estação onde fica o Food and Friends), mas é interessante como é diferente da estação onde moramos (Twinbrook). Nas estações que antecedem Ford Totem já se vê pichações nos muros e casinhas e prédios mais simples. Brookland (uma antes de Fort Totem) tem um público quase que exclusivamente negro e Fort Totem não é muito diferente (apesar de que é um pouco mais variado que Brookland). Perguntamos para o station manager onde ficava a Riggs Road e ele abriu um sorriso: "vocês vão na Food and Friends?". O "galpão" onde fica a ONG é lindo. Funcional, estilo "container-pré-fabricado-ultramoderno" dá até vontade de morar dentro (no meu primeiro dia, provavelmente daqui a 10 dias, tiro fotos!). Como chegamos 40 minutos depois do horário marcado, tivemos uma sessão alternativa de 5 minutos (oba! sem ladainha) e estávamos good to go. Até que não foi tão mal negócio passar carão.

Na volta eu queria ir ao Potomac Mill Mall, que fica na ponta sul da linha azul (Franconia-Springfield), então lá fomos nós, mais 40 minutos de metrô (era longe pra xuxu!) pra chegar em Franconia. Chegando lá... os shuttles para o mall só funcionavam de segunda a sexta (será que ninguém vai em outlet nos fimdis?) e o táxi até lá saia pelo menos 40 dólares... isso encarecia qualquer compra em 80 dólares... pelo menos. É claro que voltamos. Na volta, pegamos a linha amarela pois ela dá menos voltas. Já que estávamos na amarela, resolvemos parar na U Street para comer comida étnica. Entramos num Etíope e nossa garçonete não falava uma palavra de inglês. Aí vai a reprodução do diálogo (se é que isso se define como um):

eu - how's the fish prepared?
ela - ah?
eu - is it fried or baked?
ela - yeah, big, big!
eu - no, baked or fried?
ela - fish very big!

Depois disso, desisti, resolvi apostar na sorte. Quando o peixe (frito) chegou e como em restaurante etíope não se costuma usar talheres, resolvi arriscar e pedir um par de garfo e faca para ajudar a cortar o peixe. O segundo diálogo segue:
eu - excuse me, could you bring me knife and fork, please?
ela - whaaat?
eu - you know... cutlery... to cut the fish (fazendo o movimento com as mãos)
ela - yeah, that's fish.
eu - yes, I know, I'd like to cut it! I need a knife and a fork!
ela - ah, knife.

Ficamos sem garfo mesmo. Na volta, não sei se era o cansaço ou o quê mas pegamos o trem para o sentido errado na linha amarela e fomos parar onde? Em Fort Totem, de novo! Aí tivemos que esperar mais de 20 minutos (por causa dos atrasos na linha vermelha) para pegar o trem de volta pra casa.

Thursday, November 15, 2007


Simple to Spectacular

Ont
em fiz as peras mais espetaculares do mundo. Há muito tempo o Michael comprou este livro, "Simple to Spectacular" (Jean-Georges Vongerichten & Mark Bittman) que nós nunca tínhamos usado até eu começar a dieta de glúten e começar a procurar receitas gostosas alternativas. Um dia frio quando ainda estávamos no Brasil fiz os "tomates assados com rúcula" deste livro e a receita não só era simples como também deliciosa e bonita. Então ontem procurei uma receita com peras (eu tinha comprado um monte no Costco sábado passado) e encontrei as "peras assadas com caramelo de vinho tinto". O resultado foi tão bom que não sobrou uma para contar a história... A receita (traduzida por mim!) segue:


Ingredientes:
4 peras (preferencialmente Anjou)
1 colher de sopa de manteiga, para a frigideira
1 favo de baunilha (eu não tinha, então não usei)
4 tiras de casa de limão
1 xícara + 4 colheres de chá de açúcar
suco de 1 limão
2/3 de copo de vinho tinto
1 colher de chá de vinagre balsâmico
1/4 de creme de leite fresco ou sour cream

1 - Aqueça o forno a 400 graus F. Retire as sementes das peras. Unte o fundo de uma frigideira (que possa ir ao forno) grande o sucifiente para caber as peras. Corte o favo de baunilha no sentido longitudinal e retire as sementes. Vire as peras de ponta cabeça e coloque uma tira de limão na cavidade de cada pera, juntamente com uma colher de chá de açúcar e um quarto das sementes de baunilha. Coloque as peras em pé e regue-as com o suco de limão. Cubra as peras com papel alumínio e asse por 10 minutos; elas vão enrugar um pouco, e a pele vai ficar dourada.

2 - Coloque o resto de açúcar (1 xícara) numa frigideira pesada e coloque no fogo médio. Cozinhe, balançando a frigideira e raspando os lados dela ocasionalmente (não mexa o açúcar derretido), até que o açúcar se liquifaça e fique escuro, cerca de 10 minutos. Desligue o fogo. Misture o vinho com 1/3 de copo de água. Se afaste da frigideira e adicione o líquido ao caramelo. Coloque de volta ao fogo médio e cozinhe, mexendo sempre, até o caramelo se dissolver. Despeje este líquido sobre as peras e coloque de volta no forno, desta vez descoberto, por 40 minutos.

3 - Cuidadosamente remova as peras da frigideira e coloque em 4 pratos. Cozinhe o líquido em fogo alto e reduza até que fiquem cerca de 2 colheres de sopa (eu tentei fazer isso mas queimei o líquido!!). Regue cada pera com um pouco deste xarope e 1/4 de colher de chá de vinagre balsâmico. Coloque uma colher de sopa de creme de leite fresco ou sour cream e sirva.

(Serve 4 pessoas / Leva cerca de 1 hora e não dá muito trabalho)

Monday, November 12, 2007


Bonsais no Arboretum

Esse foi um fim de semana bem agitado! A começar por sexta passada, fomos jantar na casa dos chefes do Michael, uma delícia de jantar, com pizzas preparadas pela própria Sue, tudo muito gostoso e a companhia não podia ser melhor. Sábado passamos o dia aproveitando o carro alugado - fazendo compras de supermercado e correndo pra lá e prá cá - e à noite fomos ao teatro ver a peça de um amigo da Camila, chamada "Petri Dish Circus", que só acabou no Oriental East, pra lá de meia-noite. Na volta, fomos parados pela polícia para experienciarmos, pela primeira vez na história das nossas vidas... a clemência de uma policial (que, apesar de o Michael ter virado à direita no sinal vermelho - onde tinha uma placa dizendo que isso era proibido - e de eu ter tirado o registration de dentro do carro - ou seja: tínhamos license mas não registration! Duas multas em potencial! - a oficial disse que tinha "esquecido" o bloquinho de multas em casa...). Foi simplesmente emocionante, todos no carro (os 5) bateram palmas para ela!

Ufa! Domingo de manhã cedo, logo antes de irmos ao Arboretum ver os Bonsais, caí para fora da banheira, um tombo ridículo mas mesmo assim extremamente dolorido. Então era sabão para todo lado, água também e o Muffin veio correndo ver o que tinha acontecido, mas toda vez que ele chegava perto da água, recuava assustado. Recuperada (mas cheia de hematomas), fomos no National Arboretum, um lugar muito lindo e tranquilo com jardim de ervas, bonsais centenários, lagos e paisagens maravilhosas. No passeio percebemos que o Muffin não estava muito ativo nem interessado (apesar de estar super bem agasalhado), no fim das contas descobrimos que ele estava com estresse por causa do meu tombo. O amor é mesmo lindo, não é verdade?

Friday, November 09, 2007


Não sei se o Paul Potts virou fenômeno mundial, mas estava assistindo o programa da Oprah outro dia e fiquei apaixonada pela história dele. Vale a pena ir no You Tube e conferir, o vídeo é lindo e a voz dele simplismente maravilhosa:

http://www.youtube.com/watch?v=1k08yxu57NA
Algumas diferenças cruciais...

Na última quarta-feira foi anunciada a descoberta de um esquema de corrupção no D.C. Office of Tax and Revenue, envolvendo várias pessoas e a soma de 16 milhões de dólares (ontem essa quantia subiu para $20).
O interessante é que nada disso me assombrou. A princípio, vendo o noticiário na tv, pensei: só isso? É que estou mal acostumada, as fraudes no Brasil sempre giram em torno das centenas de milhões ou alguns bilhões. Outra coisa que me matou de inveja foi a forma em que essas pessoas foram pegas: uma das cabeças do esquema (eram todos funcionários do Office of Tax and Revenue) estava depositando um cheque de 400 mil (sendo que o salário anual dela era de 80...) e o moço do banco desconfiou, uma vez que esta pessoa não conseguiu provar de onde este dinheiro estava vindo. Bastou um telefonema (do banco) para o FBI que as investigações começaram. E voilà: um bando de gente já foi parar no banco dos réus, alguns estão até exibindo aquela tornozeleira que a Paris Hilton tranformou em "fashionable" (sooo hot). Outra coisa interessantíssima foi ver o tesoureiro da cidade explicar como que ninguém tinha percebido este dinheiro desaparecer. Aqui as pessoas têm que se explicar publicamente ou então... cortam-lhe a cabeça!!

Ok, eu preciso de um "food stylist", mas aí vai a foto do pão de cranberry. Mmmm... muito gostoso!

Wednesday, November 07, 2007

The Happiness Hypothesis

Estou lendo este livro fantástico que um amigo do Michael me emprestou, que explica cientificamente porque as pessoas são felizes (ou não). Baseado em pesquisas publicadas por colegas ou por ele mesmo (o autor, Jonathan Haidt, é psicólogo social), o livro mostra o que lá no fundo as pessoas pensam de si mesmas e dos outros, quais os mecanismos que utilizamos para o auto-engano ("so convenient a thing is it to be a reasonable creature, since it enables one to find or make a reason for every thing one has a mind to do" Ben Franklin), as teorias da reciprocidade humana (sabia que damos uma gorgeta maior quando o garçon ou garçonete nos imita?) e outras coisas que ainda não li. Mas o que adorei no livro é que ele não é entediante (confesso que achei que fosse ser), e o que o faz interessante mesmo é o fato de a leitura ser fácil e divertida por conta das descrições dos experimentos. Muitos destes experimentos relacionados ao comportamento humano podem ser feitos online no Project Implicit (vamos contribuir para a pesquisa sobre o Macaco Nu!). Os experimentos são selecionados randomicamente e têm assuntos muitas vezes inesperados como "a percepção das pessoas do que é alma" (eu fiz este), racismo, grupos multiculturais ou uniculturais, e duram em média 15 minutos para fazer.
Desde que o Browninho se foi, minha mãe me fala para comprar uma almofadinha que tivesse um "coração" batendo dentro, para o Muffin não se sentir tão só (é que os dois dormiam sempre juntinhos). Agora descobri que elas existem (eu quero!) e são lindas ainda por cima! Feitas à mão, são série limitada da My Beating Heart.

Monday, November 05, 2007


Amei esse alfabeto da Inhabitat.

Fall Back


Começa uma nova semana e o horário de verão terminou por aqui. Agora estamos 3 horas atrás do horário de verão brasileiro, o que significa que as 5 da tarde já vai estar bem escuro por aqui. Sábado tivemos visitas e eu tive que usar parte das cranberrys frescas que comprei (num ímpeto) no supermercado e depois fiquei me perguntando o que fazer com elas. Primeiro, fiz cranberry sauce (água + açúcar + canela + cravo + cranberrys, quando as cranberrys estouram, estão cozidas). Como não consegui me livrar nem da metade delas, fiz pão de cranberry na máquina de pão mesmo: usei a receita do pão francês (na minha máquina, o programa 12) e como a fruta solta bastante água, fui colocando farinha até chegar no ponto certo. Ficou ótimo! Até tirei uma foto do produto final (lindo!), mas o Michael levou a câmera para a Filadélfia. Fica pra depois. O legal de cranberrys é testar se elas estão boas para o consumo. Se você solta uma na bancada da cozinha (por exemplo, mas acho que é definitivamente o melhor lugar pra fazer esse teste) e ela kica (como se escreve kica??), quer dizer que ela está ótima. Do contrário, jogue fora. Voilà!

Friday, November 02, 2007


Um sonho... Uma gingerbread house moderna e 100% comestível! Uma pena que aqui em casa não curtimos gingerbread, mas que ela é linda é.

2008

Particularmente ainda acho meio cedo, mas me encontro fazendo planos para 2008. Como sou estrangeira, tudo relativo à minha vida (estudo, trabalho) leva tempo. Primeiro, porque meu visto de trabalho ainda demora alguns meses e segundo porque qualquer curso começa na próxima primavera, se este for o caso. Já estamos em novembro, isso é ótimo, mas para quem não trabalha nem estuda e nem tem amigas para ajudarem a passar o tempo, os dias demoram a passar. Espero que isso também seja passageiro.

Todo ano faço uma lista de metas a serem atingidas. São metas subdivididas em "profissionais", "familiares", "financeiras" e "pessoais". E ao longo do ano vou conferindo (pra relembrar e tentar manter o foco) as que consegui - adoro riscar da lista! - as que ainda dão tempo e as que interessantemente, não quero mais. Então revisando as metas desse ano, vi que consegui várias: eu queria trabalhar na Cultura e de fato consegui o emprego (mas não pude aceitar pois decidimos vir para cá), o CPE, consegui perder os quilos extra que estavam me consumindo, conseguimos trocar de apartamento (tudo bem que foi uma troca radical de vizinhança!)... É muito bom fazer isso, eu recomendo.

Por fim, termino o ano tentando decidir as minhas metas para 2008; encontrar um jeito legal de preencher meus trezentos e sessenta e poucos dias de forma produtiva e instigante. Além disso, quero uma amiga pertinho, só para conversar de quando em vez; uma companhia para o Muffin - ele também merece! - e muitos papers publicados para o Michael.

*calendário de pano Lotta Jansdotter.

Thursday, November 01, 2007



O máximo esse "Flying Carpet". Encontrei enquanto passeava nos tapetes da Coliseum Shop. Não custa sonhar, não é mesmo?


Burritos grátis, ratos no banheiro

Ontem foi o "dia nacional do burrito grátis" no Chipotle. E como era também halloween, quem se dispusesse a se vestir de burrito (muita gente se enrola em papel alumínio - uma coisa linda - mas qualquer adereço - "gravatinha", "coroa", "chapéu" - também em papel alumínio resolve) ganhava um burrito inteiramente grátis, livre até de taxas. Como eu só tive um "trick or treater" ontem à noite (decepcionante, devo admitir), reservei nossos burritos online (resolvi que sou "geração wii" agora) e fomos lá buscar. A fila era gigantesca, claro, e o burrito estava ótimo, como sempre. Foi no mínimo uma experiência antropológica.

Agora para a experiência antropológica do Muffin: esta manhã ele encontrou um buraquinho no armário do banheiro. Não é bem um "buraquinho" em si, mas sim uma falha do marceneiro (ou quem quer que seja que tenha feito o armário) em colocar uma ripa de madeira do tamanho certo e acabar por deixar um espaço aberto - que ninguém que não tenha um furão seria capaz de encontrar - levando para a parte debaixo do armário (entre o fundo e o chão). De qualquer forma, saí do banho esta manhã e ouvi uns "quiquiqui" dentro do armário do banheiro. Parecia até o barulhinho que os brinquedinhos do Muffin fazem quando a gente aperta. Eu imediatamente pensei que ele tinha dado um jeito de entrar no armário e tinha resolvido guardar os brinquedos dele lá (ele é cheio de manias). De repente ouço o Muffin arranhando a madeira do armário, mas de novo, abro o armário e ele não está lá! Entrei em pânico (me senti no filme Poltergeist com meu filho preso numa outra dimensão!!) e abri todas as portas, procurando e procurando quando ouvi mais "quiquiquis" (e me dei conta que podiam ser ratos) e ele saiu correndo de dentro do buraco (só aí que eu vi onde o tal ficava). Depois de o Muffin ter saído de lá, continuei ouvindo os "quiquiqui" (provavelmente o Muffin deixou os ratos em pânico), catei o Muffin (morrendo de nojo) e saí correndo atrás do zelador!

O engraçado é que nunca encontrei cocô de rato no chão do apartamento (será que essa é uma ninhada nova?) nem nunca vi tais criaturas por aqui (será que aqui é onde eles passam a noite?). Diz a lenda que onde tem furão não tem rato (isso serve pra raposas também), logo não entendo como esses (se é que eles realmente existem) resistiram. Outra constatação é o que o Muffin não passa de um pastel, tudo que ele fez foi arregalar os olhinhos pretos e correr pra caminha dele. Ninguém merece.

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PS: O zelador está aqui fechando o buraco e ele jura que não tem ratos lá dentro. Tá bom então.