O Retorno e Terno*
Meu retorno é terno, é feliz, é esperado. Minha volta, traz à minha volta todos que amo. Meu mundo, minha vida. Minha paisagem, meu cheiro, meu canto (casa), meu canto (voz). Meu, meu, meu, tudo que é meu e que por um tempo deixou de ser. O tempo escorreu como água entre meus dedos e nunca mais há de retornar, passou, lufada de vento forte, não mais hei de viver o que perdi. Tempo, passe rápido! Que eu não te veja aqui, que eu não mais pense sobre os dias, que eu nem olhe as horas. Que o último mês passe como a noite de uma criança cansada: num piscar de olhos.
Meu retorno - seja ele temporário ou permanente - me faz antecipar a saudade que sentirei de pequenas coisas que aprendi a amar. A pomba na varanda, que durante horas espera seu amado voltar para cuidar do ninho enquanto ela busca comida. O menininho, vestido de girafa, com botas de joaninhas, beijando minha foto no meu crachá-colar (como não se apaixonar?). Os passeios ao entardecer, vendo os cervos e as raposas comendo as frutas nos arbustos, a apenas poucos metros de distância. Amo, amo, amo. Mas ainda assim, amo poder voltar.
* (tirei o título de um livro do Rubem Alves)
2 comments:
que dia mesmo? e eu que achei banana nut crunch aqui perto do serviço e swissmiss no supermercado? agora eu só preciso de burritos decentes! ;-)
andou comendo muito Chipotles, ah? se tudo der certo (e a capes se resolver), dia 31 embarcamos!
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