Depois de um dia memoravelmente detestável no trabalho; depois de pegar 2 trens de volta para casa, sendo que um deles estragou (o estrago sendo o motivo de eu ter que pegar 2 e não 1 trem); depois de perder o apetite, chorar de nervoso, depender da ajuda de estranhos, ufa, fim de semana. Bem, bem, não tão rápido moçinha. Abro a caixa de e-mails, notícia terrivelmente mortificante, anestesiante (quem me dera), lamentável, triste.
Choro de saudade, de vontade de estar em outro lugar, de tristeza, de auto-comiseração. E choro mais porque auto-piedade é horrível, detestável. E uma espinha, vermelha e grande, a primeira de muito tempo (graças ao bom Deus), surge no meu rosto. Uma marca da dor, da falta de uma boa noite de sono, do stress, interpreto eu, no meu discurso (não-falado) de auto-análise. Então segunda-feira chega e eu ainda naquele ritmo lento, sem foco, emburrado, enlutado. Me dão melancia, sombra e água fresca e mesmo assim me ponho a chorar. Tenho que dar tempo ao tempo.
Quanto ao tempo: "Só podem viver bem aqueles que aprendem a sabedoria que a morte ensina". Você se lembra da Sociedade dos Poetas Mortos? "Carpe Diem (...) beba cada momento até as últimas gotas. É preciso olhar para o Abismo face a face, para se compreender que o Outono já chegou e que a tarde já começou". Rubem Alves.
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