Saturday, March 22, 2008


The Miracle of Life
Como diria meu marido, a "baranguina" me afetou. Ele cunhou este termo há muitos anos, justificando porquê algumas grávidas que conhecíamos tinham, de repente, ficado mais... bem, barangas. Então, ainda de acordo com ele, a "baranguina" é um hormônio secretado pelas mulheres a partir da gravidez e que nunca mais deixa de ser secretado (afinal, como diz a minha mãe, 'filho é pra vida toda, né Carol?!'). 
Já afetadíssima, mas sem os mood swings típicos da gravidez (não me dou este luxo), aluguei este documentário de um sueco chamado Lennard Nilsson, "The Miracle of Life". Eu estava esperando algo do gênero "Deus fez o homem pôr uma sementinha no ventre da mulher, a sementinha brotou e depois de nove meses, temos o milagre da vida... tudo milagroso, piegas e sem processos químicos ou biológicos envolvidos". Ainda bem que eu estava errada! O documentário é fantástico, primeiro porque começa explicando a origem da vida no planeta e depois explica (e isso não sei como que fizeram) com imagens de dentro do sistema reprodutivo da mulher, todo o processo de chegada do espermatozóide até o oócito. A produção de espermatozóides também é incrívelmente detalhada e ilustrada (também em câmera!), mas a jornada deles até o óvulo é que me fascinou, todos os percalços que eles encontram no caminho, o corpo da mulher atacando aqueles "corpos estranhos" enquanto eles batalham pra cumprir a função natural deles: correr, bem rapidinho, batendo o rabinho comprido, pra chegar primeiro no (música celestial tocando ao fundo) óvulo
Passadas todas as dificuldades, óvulo fecundado e tudo, de novo não sei como foi feito isso, mas o documentário mostra a divisão celular (ok, esta parte foi fácil) até a formação do embrião e depois disso, a evolução do embrião: 4 semanas, 6 semanas, 7 semanas (aí ele já mexe as mãozinhas!), 9 semanas, 11 semanas e com 16 semanas, o feto está todo formadinho e já tem até sobrancelhas. 
É claro que um documentário que trata da geração da vida não podia deixar de terminar com o produto final chegando ao mundo. Essa foi a única parte que não me agradou muito (tenho a maior aflição). Mas o documentário é altamente recomendado não só para os afetados pela baranguina, como eu, mas para aqueles que têm interesse em reprodução de forma geral. 

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